VIDA LONGA AO B.I.L

Em Abril de 2005 integrantes de bandas locais de Canoas/RS reunem-se após um hiato de 2 anos sem shows alternativos em sua cidade por motivo do fechamento do único bar que proporcionava o espaço para apresentações desse tipo. É criado o B.I.L para salvar a cidade da mesmice e tédio sem fim e ressuscitar a cena independente de Canoas.

ATIVIDADE B.I.L

# 43 shows realizados desde abril de 2005 até janeiro de 2009
# Mais de 70 bandas já tocaram, não apenas de Canoas mas também de POA, Esteio, Sapucaia, Novo Hamburgo, Campo Bom, Gravataí, Terra de Areia, Blumenau (SC).
# 3 coletâneas foram lançadas (2006/2007/2009)

BANDAS INDEPENDENTES LOCAIS
As bandas presentes na primeira reunião do B.I.L, tidas como as fundadoras do movimento são I.C.H, THE EFFICIENTS, SIMPLEZ e VIVA O NEVES. Logo em seguida, outras bandas aderiram tendo papel importantíssimo nos primeiros acordes do movimento, pode-se destacar nesses primeiros meses de vida a banda HATE (hoje Desprezo & Ódio). Desde o início, a principal regra do B.I.L. sempre foi o fato de que para tocar, é preciso apenas comparecer nas reuniões realizadas periodicamente pelo coletivo do Movimento e participar ativamente na organização e divulgação do evento em questão. No início de sua história, o B.I.L. acontecia em pequenos bares da cidade, tendo o "Calu Rock Bar" como palco do primeiro show do Movimento, no dia 7 de maio de 2005. Devido à reclamação de vizinhos, por causa do som e do movimento de um público "diferente" em frente ao bar, o B.I.L. obrigou-se a levantar acampamento, problema esse que viria a ser enfrentado diversas vezes pelo Movimento. Após quase três meses sem shows, o B.I.L voltou a realizar um show, desta vez no sindicato dos metalúrgicos da cidade, mostrando que mesmo com as adversidades e dificuldades em encontrar lugares propícios para os shows, estava com real intenção de fixar um movimento contínuo de shows para as bandas independentes e às pessoas que apreciam esse tipo de som.
Depois de dois meses do sindicato dos metalúrgicos o B.I.L. volta a atuar, desta vez na Freguesia do Ó, também em Canoas, onde organizariam seus próximos cinco shows. O ano de 2006 foi bem movimentado para o Movimento, foram realizados 14 shows em diversos lugares, primeiramente no sindicato e ao decorrer do ano foram quatro shows no Estúdio Rock Bar, oito shows no X-Canoas e um show no Gigabytes antes do show de lançamento da primeira coletânea.
A primeira coletânea das Bandas Independentes Locais da cidade de Canoas, foi com certeza, um fato histórico na história do movimento que já passara por tantas dificuldades e críticas, e que mesmo assim continuava resistindo à diversos fatores que por diversas vezes tentaram, sem sucesso, o impedir de exercer uma função fundamental na cidade de Canoas, a de divulgar e promover a música, o companheirismo e a cultura. Nessa coletânea, cada banda ficou responsável de gravar o seu som de forma independente e entregar em um prazo estipulado. A coletânea impressiona pela qualidade das músicas e da produção (mixagem e masterização). Participaram da mesma: Entenda, F.D.L., Sleeping Bags, The Efficients, I.C.H., Simplez, Desabafo, Los Cochos Virados, Scorn & Hate, A.N.T.Z., C.F.C. e Minha Banda. Para o lançamento da coletânea foi organizado um show na praça Dona Mocinha, no bairro Niterói. O show se estendeu das primeiras horas da tarde até 9 horas da noite, e encerrou assim o ano de 2006 para o movimento.
Nessa época o B.I.L. já enxergava a necessidade de fixar uma sede para a realização dos eventos, foi então que um dos cabeças do movimento decidiu alugar um lugar. O bar localizava-se na rua Brasil à 5 minutos do centro da Cidade, e já havia servido de palco para apresentações anteriores. Lá ocorreram alguns do shows mas marcantes da história do B.I.L. Com o fechamento do bar-sede, o Movimento ficou um tempo parado, sem local para a realização dos shows. Porém, as reuniões do coletivo continuavam, e em uma delas foi aprovada a transformação do B.I.L. em associação, e eleita a diretoria do movimento, na qual foi eleito Presidente, Rafael Felipe Silva de Souza, o "Batata".
Para que o Movimento não perdesse força, foi realizado um show na Associação de Moradores da Vila Cerne em maio de 2007 e um tempo depois, um amigo e ex-integrante de uma das bandas do B.I.L, que abrira um bar na rua Saldanha da Gama, coincidemente perto da antiga sede, cedeu o espaço para que fossem realizados os shows lá. Com isso o B.I.L. voltou com força total, inclusive assumindo a administração do bar, pouco depois, e fazendo dali sua sede, O B.I.L. agora, contava com uma nova sede.
Após alguns shows realizados lá, saiu a segunda coletânea do movimento que desta vez contava com bandas de outras cidades, realizando o intercâmbio que já era visado pelo Movimento. Na Coletânea Dois participaram as bandas: The Efficients, Los Cochos Virados, Sistema de Mentiras (Campo Bom), Sleeping Bags, Luto!, The Maydays, Acordados, Skambo-Clã (Esteio), I.C.H., Desabafo, Simplez, CFC e PernaLonga (Porto Alegre).
Mas, infelizmente, o velho problema veio a bater da porta do B.I.L. novamente, os vizinhos estavam reclamando muito do barulho e do movimento em frente ao bar e depois de 15 shows a sede teve de ser fechada.

Texto retirado do site: www.bandasindependenteslocais.com

A luta por uma nova sede continua. Atualmente os shows do B.I.L acontecem em associações e nas casas de shows em Canoas. Como dizem por aí, o show não deve parar- ou é - o show tem que continuar?... enfim, mesmo sem sede o B.I.L continua fazendo 'barulho' e fortalecendo a cena independente. O B.I.L não pára e a história do coletivo deve preencher mais algumas centenas de linhas por aquí.
Até.

VIDA LONGA AO B.I.L.